No Brasil, os partidos são associados aos políticos que só querem se arrumar, ganhar eleições para enriquecer pelo aproveitamento dos cofres públicos. O PSTU é diferente.
Em primeiro lugar porque o PSTU não é simplesmente um partido eleitoral. É um partido para as lutas dos trabalhadores e estudantes. Por isso, é bem possível que você conheça um militante do PSTU em alguma mobilização de sua categoria.
Nós participamos das eleições, mas opinamos que não é através delas que vamos mudar o país. E, por isso, nosso centro está nas lutas diretas dos trabalhadores e estudantes.
A história do PSTU só pode ser entendida como parte de outra maior: a do movimento operário brasileiro dos últimos 35 anos. Vamos ver que também somos parte da tradição das greves do ABC paulista do final da década de 1970, da formação da CUT e do PT nos anos 1980. Mas que, para manter vivo o programa socialista, rompemos com a CUT para formar a Conlutas. E rompemos com o PT para formar o PSTU.
Os militantes do PT hoje têm vergonha de usar a estrelinha no peito. Os militantes do PSTU se orgulham ao levantar suas bandeiras vermelhas, que não têm as manchas da corrupção, da administração do capitalismo, da ocupação do Haiti e um longo et cetera.
O PSTU é diferente também porque seus militantes não se “arrumam” com sua atividade. Ao contrário, sacrificam seu tempo e esforços para levantar a bandeira do socialismo revolucionário. E não têm nenhuma vantagem material como resultado. Ficam alegres ao ver que conseguiram dar a esse programa uma base real no movimento operário e na juventude.
O partido também não recebe dinheiro da burguesia e nem desvia verbas públicas. Mantemos o partido com as contribuições de nossos militantes e as campanha financeiras que fazemos. E nos orgulhamos disso, porque não só não temos o telhado de vidro dos que se corrompem, como tampouco o rabo preso dos que recebem dinheiro das empresas.
Para que você possa conhecer melhor o PSTU, buscamos traduzir aqui nossa visão da estratégia socialista. O socialismo revolucionário que defendemos se opõe às concepções stalinistas que combatemos desde nosso nascimento. Opõe-se também ao nacionalismo burguês de Chávez e de toda a esquerda reformista que o segue.
Nesse momento, a crise econômica recoloca o debate sobre o socialismo num nível muito mais elevado que a década passada. Defendemos o legado teórico de León Trotsky e sua concepção da revolução permanente, o que nos leva a uma estratégia de socialismo revolucionário oposta à estratégia reformista de partidos eleitorais como o PSOL.
Buscamos aplicar, na realidade, a concepção leninista de partido. Isso significa também um tipo de partido distinto do centralismo burocrático do stalinismo e da versão socialdemocrata de partido, comum ao PT e ao PSOL. Esses últimos partidos são dirigidos de forma antidemocrática pelos parlamentares por serem partidos eleitorais.
O internacionalismo para nós não é uma declaração nos dias de festa. Nesse exato momento, estamos engajados numa luta aberta contra a ocupação militar do Haiti por tropas brasileiras. O PSTU está engajado numa batalha pela reconstrução de uma internacional, a IV Internacional.
Você poderá acompanhar a juventude do PSTU e sua relação com os grandes processos do movimento estudantil, desde o nascimento da UNE até a burocratização definitiva da entidade e a construção de uma nova entidade no congresso agora em junho.
Verá a associação da luta contra a opressão às mulheres, aos negros e aos homossexuais de um ponto de vista de classe.
Esperamos que depois desse especial você possa entender porque os militantes do PSTU podem dizer com um sorriso nos lábios: “Meu partido é assim!”.
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