domingo, 19 de setembro de 2010

Desespero de Roseana Sarney tira do ar programas do PSTU*

*Do blog http://zemaribeiro.blogspot.com

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) nasceu em 1994. Há 16 anos – o número da legenda – portanto, vem concorrendo sistematicamente às eleições. Para a Oligarquia Sarney, “nunca fedeu nem cheirou”. O grupo político que domina o Maranhão há quase meio século, que monopoliza os meios de comunicação no Estado, sempre tratou das campanhas eleitorais como se as mesmas tivessem apenas dois ou três candidatos: um preposto do grupo Sarney e um ou dois que lhe poderiam fazer frente e levar as eleições para o segundo turno e vencê-las.

Nunca o PSTU recebeu tantos pedidos de direito de resposta ou suspensão de seus programas no horário eleitoral gratuito como na campanha de 2010. Dois programas de seus candidatos ao senado – Noleto e Claudicéa Durans –, que defendem a extinção da casa hoje presidida por José Sarney, já foram retirados do ar. E mais recentemente o programa do candidato a governador Marcos Silva, em que o mesmo afirma que “é inconcebível a ideia de que para governar o Maranhão tenha que ter sangue do Sarney ou a sua bênção”.



Claudicéa Durans, em seus programas, tem puxado pela memória a Operação Tigre, comandada pelo então governador João Alberto, o "90% honesto", hoje um dos pseudo-candidatos da oligarquia ao senado (vote neles e receba outros senadores, de brinde), um dos maiores grupos de extermínio institucional da história recente do país, pós-Constituição Federal, de 1988.



Os números das notícias são generosos com aquele senador que pede aos eleitores que votem primeiro no outro: o juiz Jorge Moreno, hoje aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, então na comarca de Zé Doca, lembra que só naquele município a Operação Tigre matou 60 pessoas em seus cerca de três meses de operação.

Há muito sem vencer as eleições do Maranhão no voto, a oligarquia Sarney apela. Nos pedidos de direitos de resposta, os advogados da coligação O Maranhão não pode parar alegam que a propaganda do PSTU estaria denegrindo a imagem do senador João Alberto. O Tribunal Regional Eleitoral concede os direitos de resposta e os candidatos da oligarquia sequer tocam no assunto.
As promessas repaginadas, a entrevista do marqueteiro considerando a real possibilidade de segundo turno, a horrenda propaganda da voz da consciência, os ataques a blogueiros e tuiteiros e ao PSTU têm tradução: Roseana Sarney e sua parentalha estão desesperados com a possibilidade de segundo turno. E mais: com a possibilidade de novamente serem derrotados nas urnas. Resta a nós, eleitores, provar-lhes que o desespero não é infundado: e, já que estamos falando em possibilidades, após a derrota sarneysta nas urnas não permitir que nossos destinos sejam decididos apenas por um punhado de juízes.

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