quinta-feira, 19 de junho de 2014

O PSTU apresenta a candidatura de Saulo Arcangeli para o governo do Maranhão

É preciso não cair na armadilha da polarização entre Flavio Dino (PC do B) e Edinho Lobão (PMDB)
 
O programa político que o PSTU defende ao longo de seus 20 anos de existência começa a ser abraçado por parte significativa da classe trabalhadora e pela juventude  deste país.  As pautas das grandes mobilizações dos últimos meses confirmam esta afirmação. Orgulhamo-nos disso, de ser um partido que se identifica mais com as lutas do nosso povo do que com as eleições, por isso insistimos em levantar nossas bandeiras durante as jornadas de junho, já que a luta sempre foi a principal arena de nossa organização.
 
Porém, entendemos que o cenário político atual no Maranhão coloca o debate eleitoral em outro patamar. É uma eleição que acontecerá combinada com muitas lutas e a necessária elevação da consciência dos trabalhadores. Sabemos, também, que muitos trabalhadores que têm acordo com nossa política são levados pela propaganda do tal “voto útil” e acabam votando nas oposições que nascem das divisões internas da burguesia, que, com certeza, prosseguirão massacrando nossa classe.
 
A decepção com o governo de Jackson Lago (PDT/PT/PC do B), o desastre que está sendo a gestão de Edvaldo Holanda Jr (PTC/ PC do B) na prefeitura municipal de São Luís e a traição em escala nacional do PT deve servir com alerta vermelho dos limites de um possível governo de Flavio Dino. Os trabalhadores precisam discutir seriamente uma alternativa pra valer que realmente melhore as suas condições de vida.
 
Desde já, nós queremos chamar a atenção desses companheiros e companheiras para a necessidade de fortalecer as candidaturas do PSTU como alternativas para os trabalhadores e a juventude nessas eleições, pois isso tem relação  direta com o fortalecimento das lutas que estão se alastrando em nosso país e, em especial, no Maranhão.
 
A dupla Flavio Dino e Edinho Lobão não constitui uma alternativa de mudança para o Maranhão
 
A fragilidade da oligarquia Sarney neste último período é tão notória que seu grupo não conseguiu sequer lançar os candidatos que desejavam, o que reflete uma clara divisão na “corte do rei”, obrigando o grupo a lançar o “bobo da corte” Edinho Lobão (PMDB) para disputar as eleições para o governo do estado.
Muitos descontentes com a oligarquia preferiram, então, migrar para o campo político que tem à frente o candidato Flávio Dino (PC do B), pois poderão, talvez com mais facilidade, continuar obtendo dividendos políticos e econômicos para os seus interesses e dos poderosos que representam. Lá, inclusive, irão encontrar antigos aliados que se bandearam anteriormente.
Se o PC d B sair vitorioso nas eleições de outubro, o grupo Sarney sabe que não será muito difícil recompor alguns de seus “cacos” políticos em torno de um governo de Flavio Dino, afinal de contas, o PC do B e o PMDB defendem o mesmo programa político para o Brasil, pois ambos são da base de sustentação do governo Dilma e caminharam juntos no Ministério do Turismo com a dupla Gastão Vieira/Flávio Dino.  Além disso, não seria nenhuma novidade para o PC do B estar junto com o PMDB no Maranhão, já que ficaram juntos durante oito anos no governo de Roseana Sarney (1994- 2002). Acrescenta-se a isso a unidade entre Flávio Dino e o odiado ex-prefeito de São Luís, senhor João Castelo (PSDB).
Sabendo disso, a mídia da oligarquia tenta de todas as formas possíveis criar um clima de polarização entre as candidaturas de Flávio Dino e Edson Lobão Filho, justamente para que os trabalhadores não discutam uma alternativa que atenda os seus interesses enquanto classe social. Por isso mesmo, alguns jornalistas ligados ao grupo Sarney chegaram inclusive a propor que retirássemos nossas candidaturas.
 
É PRECISO LUTAR, É POSSIVEL VENCER... NAS LUTAS E NAS URNAS: Saulo Arcangeli para o governo do Estado do Maranhão
 
Mesmo nos momentos em que a classe trabalhadora se encontrava apática e desacreditada devido às traições do PT, do PC do B, da CUT, da UNE, o nosso partido participava das eleições sem rebaixar o programa, sem receber financiamento dos ricos e sem fazer falsas promessas para ganhar votos.
 
Nosso propósito nas eleições é o mesmo que defendemos nas lutas, que os trabalhadores acreditem em suas próprias forças, por isso adotamos o lema “Só a Luta Muda a Vida!”. 
 
Isso não quer dizer que não queremos votos, que não queremos nos eleger. Pelo contrário, cada voto que recebemos e cada um que elegemos simboliza um avanço na consciência da classe trabalhadora. O PSTU não participa das eleições apenas por participar, pois queremos eleger nossos representantes para colocar nosso partido à prova, como fizemos com a vereadora Amanda Gurgel( Natal- RN) e Kleber( Bélem- PA), cujos mandatos estão claramente a serviço da luta dos trabalhadores, inclusive representando incômodo para os partidos de direita e para a burguesia dessas cidades.
 
Acreditamos que não será possível mudar o Maranhão aliado aos empresários, às empreiteiras, à especulação imobiliária, ao agronegócio, aos latifundiários e aos coronéis.  A política de “pacto social” que criou a ilusão de que seria possível conciliar interesses dos trabalhadores com os dos burgueses demonstrou sua inviabilidade. Ao final, sempre acabam governando para os ricos. 
A única alternativa possível para livrar o estado definitivamente do atraso e da oligarquia Sarney é com um governo controlado pelos trabalhadores e sem a participação de oligarcas dissidentes.
 
Por isso, o PSTU lança o sindicalista, professor e militante dos movimentos sociais Saulo Arcangeli como pré-candidato ao governo do Maranhão, principalmente porque ele sempre esteve junto dos que enfrentam diariamente as injustiças, a exploração e as opressões da oligarquia e dos poderosos deste estado e que defenderá um programa que responda aos anseios da classe trabalhadora da cidade e do campo, única responsável pela geração das nossas riquezas.
 
Para Presidente da República apresentamos o companheiro Zé Maria e a maranhense Cláudia Durans, como vice. Queremos fazer uma campanha sintonizada com as lutas do nosso povo. Queremos utilizar o pouco espaço que teremos para denunciar a situação em que se encontram os serviços públicos, denunciar as opressões (racismo, machismo, homofobia), defender as lutas dos trabalhadores em greve, os quilombolas, as comunidades indígenas, os trabalhadores da educação, da saúde, os operários, os ambulantes e o fim da criminalização da luta e dos lutadores.
 
Faremos uma ampla campanha pela suspensão do pagamento da dívida pública, que consome quase 50% do orçamento público e o fim da lei de responsabilidade, que impede que os governos invistam mais de 54% do orçamento em serviços públicos. Faremos isso porque não aceitamos um centavo sequer dos grandes empresários e não nos aliamos a  seus partidos. Nosso objetivo final é ajudar a classe trabalhadora a superar o capitalismo e construir um mundo socialista de homens e mulheres livres!

Nenhum comentário:

Postar um comentário