Quem esteve no Sindicato dos Bancários, no último dia 17, vivenciou um singular momento de demonstração da força orgânica dos trabalhadores. Em plena noite de sexta-feira, com uma São Luís do Maranhão mergulhada em arraiais e manifestações culturais, vigilantes (em expressivo número no auditório do Sindbancários), trabalhadores rurais (como dona Máxima Pires, petista, da Reserva Extrativista do Taim, para quem as pré-candidaturas do Pstu/Polo Socialista Revolucionário são as melhores alternativas para a classe trabalhadora) , líderes comunitários (a exemplo de Seu Davi, da comunidade do Cajueiro, que reconheceu a presença do Pstu nas lutas traçadas contra o poder público, que desapropriou várias famílias do Cajueiro) , quilombolas, indígenas (como Raquel Tremembé, da CSP-Conlutas, que lembrou os 522 anos de genocídio dos povos originários, situação agudizada no governo Bolsonaro) , professores da educação básica (como a artesã, escritora e professora da rede pública municipal de São Luís, Luanda Martins) , professores e alunos universitários (como Rosenverck Estrela, professor do departamento de Estudos Africanos e Afro-brasileiros da UFMA) ocuparam todo o auditório do Sindbancários, para participar - mais que de um lançamento de pré-candidaturas para o pleito de 2022 - de um chamado para a luta necessária contra os algozes da classe trabalhadora.
Com a presença de Vera Lúcia, negra, nordestina e operária, pré-candidata à Presidência da República, houve o lançamento das pré-candidaturas socialistas do Maranhão pelo Pstu e pelo Polo Socialista Revolucionário. A atividade iniciou com a apresentação de dois vídeos: uma emocionante homenagem do Pstu ao indigenista Bruno Pereira e ao repórter Dom Phillips, assassinados no início de junho, sob a inércia conivente do Governo Federal frente aos ataques à floresta amazônica e aos povos originários; o segundo vídeo foi o clipe do Gíria Vermelha, "Serial Killer", uma contundente crítica do grupo de Rap, liderado por Hertz Dias, ao genocídio perpetrado no período mais agudo da pandemia da covid-19, em 2021.
Coordenando a mesa estavam a professora da UFMA, Cláudia Durans (pelo PSTU), e o professor do IFMA, Andrey Rafael (da Esquerda marxista do Psol, pelo Polo Socialista Revolucionário), os quais apresentaram e chamaram os pré-candidatos à Presidência da República, Vera Lúcia; ao governo do Estado, Hertz Dias; ao Senado, Saulo Arcangeli; à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados: Preta Lu (artesã, integrante do Quilombo Urbano e rapper), Daniel Pavão (do Sindicato dos vigilantes); Walter Maia (professor da rede estadual de ensino de Chapadinha), Jean Magno (professor do IFMA - São Luís), Nicinha Durans (poetisa e integrante do Quilombo Urbano), Luzivanda Damasceno (agente operacional, do município de Icatu), Antônio Moquibom (do movimento quilombola), entre outros camaradas.
Com falas arrojadas, instigantes e, principalmente, bastante interconectadas, no que diz respeito a 1) a urgência da instauração de uma ordem Socialista para o combate ao flagelo capitalista, que assola a sociedade brasileira e o mundo, e 2) a impossibilidade de a política de conciliação de classes e o reformismo darem respostas satisfatórias aos milhões de brasileiros que passam fome, aos milhares de negros, indígenas e lgbts que são assassinados nas periferias das cidades, nas favelas, em condições de vida subumanas, as e os pré-candidatos do Pstu e do Polo Socialista Revolucionário ao pleito de 2022 provaram que há uma alternativa de esquerda, verdadeiramente de esquerda, para a construção da emancipação do trabalhador do jugo do capital.
Uma atividade marcante porque trouxe a marca do Pstu: a aposta no poder de luta e organização da classe trabalhadora.
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