Por Nelson Júnior
da Juventude do PSTU
Nos últimos
meses as grandes mobilizações que levaram milhares de jovens às ruas de todo o
país sacudiram os governos de direita e do PT e impuseram novos ritmos à
política. Nas últimas semanas os trabalhadores entraram com grande peso no
processo e o último dia 11 de julho nos trouxe importantes vitórias. Em São
Luís, essas vitórias se concretizam em mais mobilizações e organização da
classe trabalhadora e da juventude.
Junho foi somente o começo!
Junho foi um
importante mês de mobilizações de norte a sul do país que impuseram outra
dinâmica à política do país e fizeram os governos federal, estaduais e
municipais sentar com os movimentos e manifestantes para o atendimento das
diversas pautas de reivindicações que tomaram às ruas. Desde o passe-livre em
cidades brasileiras a mais verbas para saúde e para educação foram conquistas
que vieram das ruas.
As mobilizações
em maior ou menor grau expressavam um desacordo com o sistema econômico,
político e com as instituições que mantêm a riqueza de uma pequena parcela da
população, enquanto a grande maioria segue vitimizada e utilizando serviços
precários.
Insatisfeitos
com essa situação a indignação foi expressa nas ruas em protestos, ocupações de
órgãos públicos como em Belém, BH e Porto Alegre, rodovias foram fechadas e
fábricas foram paradas. Toda a explosão inicial da juventude se somou à luta e
experiência da classe trabalhadora que juntas estão se mobilizando e exigindo
outra política econômica.
As lutas no
Maranhão se chocam contra os governos municipais, em especial contra à
Prefeitura de São Luís de Edivaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB) e contra o Governo
do Maranhão (PMDB/PT) que reflete os anos de oligarquia da família Sarney no
estado. As manifestações tomaram conta do Centro da Cidade e tinham sempre como
ponto final dos protestos os dois Palácios do Governo (estadual e municipal) e
expressaram a indignação com o transporte e mobilidade, mas estampavam a luta
por melhores condições na educação pública do estado, na saúde, no direito à
terra e também à moradia, além da luta contra o extermínio da juventude negra
das periferias. Mesmo com manifestações menores, semana após semana as
categorias de trabalhadores e os movimentos se movem e marcam atos na cidade
que buscam sempre demonstrar o total descompromisso desses governos e das
instituições que garantem a manutenção da burguesia no poder.
Vitorioso 11 de Julho aponta Jornada de
lutas em Agosto!
Existe uma
situação antes e depois do dia 11 de Julho em todo o país. O forte dia de paralisação nacional que
tomou de conta das fábricas, rodovias, universidades e escolas, ruas e praças
de todo o Brasil nos trouxe lições que devem se acumular em mais mobilizações e
a situação de antes não voltará a ser a mesma.
Esse dia em São
Luís foi marcado por um momento histórico e deu um passo importante na retomada de uma grande mobilização popular pelo #FORASARNEY, como também pela
cassação de Roseana Sarney (atual governadora do estado). No ato que percorreu
todo o centro da cidade e terminou na subida à Praça Pedro II onde se localiza
a sede dos dois governos expressou a necessidade dos trabalhadores maranhenses
assumirem o poder e de forma bem clara um programa. Há muito tempo as Centrais
Sindicais e outros movimentos populares não faziam um ato unificado com suas
bandeiras nas ruas e uma pauta unificada desde a nível nacional, mas também
expressando a luta contra o fim da oligarquia Sarney no Maranhão.
O desejo de
ocupar a Praça em frente aos palácios era o sentimento que estava presente na
maioria das falas e expressou o a indignação com a pobreza e miséria que paira
sobre o nosso estado. Um estado muito rico onde apenas uma família controla
essa riqueza e se mantêm no poder há décadas em troca de educação, saúde, moradia,
direito à terra, reforma agrária e saneamento básico precário. O povo do
Maranhão vive na miséria e a mais antiga oligarquia tem suas ilhas, mansões e
grandes patrimônios. É necessário que se mantenham as mobilizações e ocupações
e culminar em uma grande mobilização popular que tome o poder e exproprie toda
a riqueza da família Sarney, sendo investida em saúde, educação e também nas
demandas sociais.
O quadro de
mobilização permanente hoje em São Luís proporciona uma abertura maior por
parte dos trabalhadores a questionar o governo estadual e municipal. As pautas
a nível municipal se chocam diretamente com as condições precárias do
transporte público em São Luís. As reivindicações em todo o estado são por melhorias,
mas têm como tema central a derrubada da oligarquia.
Os movimentos
populares e da luta contra as opressões organzaram nesse final de semana
atividades na periferia, com o lançamento de uma campanha por mais creches; as
mulheres saíram para lutar contra o machismo na II Marcha das Vadias,
trabalhadores da CAEMA (na recente greve), trabalhadores da saúde do município e
rodoviários em constantes mobilizações por melhores condições de trabalho e a pauta
do transporte e mobilidade urbana estão presentes nas lutas da juventude. São atividades
que sempre tomam às ruas do centro da capital.
Essas lutas são
importantes para o momento que vivemos e que precisa ser analisado. Hoje existe
a possibilidade concreta de avançarmos na derrubada da oligarquia Sarney, bem
como construir um programa classista e socialista para a população do Maranhão.
Dia 30 de
agosto será mais um dia de greves e paralisações nacionais que levará as
fábricas, ao campo e às cidades a exigência ao Governo Dilma (PT/PMDB) que
tenha outra política econômica para os trabalhadores e jovens do Brasil. Somente
com muito trabalho de base e construção de plenárias abertas e ampliadas das
categorias vamos construir um grande dia 30! Aqui no Maranhão teremos um ato
antes, no dia 6 de agosto que expressará a luta contra o PL 4330, no Dia Nacional de Luta Contra as Terceirizações, por melhores condições de trabalho e pela garantia dos direitos
dos trabalhadores. Vamos está construindo esta importante atividade onde
atuamos e desde já convocamos toda a militância e os ativistas que estão
conosco nas lutas a somarem forças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário