segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornadas de junho/julho fortalecem lutas no Maranhão




Por Nelson Júnior
da Juventude do PSTU

Nos últimos meses as grandes mobilizações que levaram milhares de jovens às ruas de todo o país sacudiram os governos de direita e do PT e impuseram novos ritmos à política. Nas últimas semanas os trabalhadores entraram com grande peso no processo e o último dia 11 de julho nos trouxe importantes vitórias. Em São Luís, essas vitórias se concretizam em mais mobilizações e organização da classe trabalhadora e da juventude.

Junho foi somente o começo!

Junho foi um importante mês de mobilizações de norte a sul do país que impuseram outra dinâmica à política do país e fizeram os governos federal, estaduais e municipais sentar com os movimentos e manifestantes para o atendimento das diversas pautas de reivindicações que tomaram às ruas. Desde o passe-livre em cidades brasileiras a mais verbas para saúde e para educação foram conquistas que vieram das ruas.
As mobilizações em maior ou menor grau expressavam um desacordo com o sistema econômico, político e com as instituições que mantêm a riqueza de uma pequena parcela da população, enquanto a grande maioria segue vitimizada e utilizando serviços precários.
Insatisfeitos com essa situação a indignação foi expressa nas ruas em protestos, ocupações de órgãos públicos como em Belém, BH e Porto Alegre, rodovias foram fechadas e fábricas foram paradas. Toda a explosão inicial da juventude se somou à luta e experiência da classe trabalhadora que juntas estão se mobilizando e exigindo outra política econômica.
As lutas no Maranhão se chocam contra os governos municipais, em especial contra à Prefeitura de São Luís de Edivaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB) e contra o Governo do Maranhão (PMDB/PT) que reflete os anos de oligarquia da família Sarney no estado. As manifestações tomaram conta do Centro da Cidade e tinham sempre como ponto final dos protestos os dois Palácios do Governo (estadual e municipal) e expressaram a indignação com o transporte e mobilidade, mas estampavam a luta por melhores condições na educação pública do estado, na saúde, no direito à terra e também à moradia, além da luta contra o extermínio da juventude negra das periferias. Mesmo com manifestações menores, semana após semana as categorias de trabalhadores e os movimentos se movem e marcam atos na cidade que buscam sempre demonstrar o total descompromisso desses governos e das instituições que garantem a manutenção da burguesia no poder.

Vitorioso 11 de Julho aponta Jornada de lutas em Agosto!

Existe uma situação antes e depois do dia 11 de Julho em todo o país. O forte dia de paralisação nacional que tomou de conta das fábricas, rodovias, universidades e escolas, ruas e praças de todo o Brasil nos trouxe lições que devem se acumular em mais mobilizações e a situação de antes não voltará a ser a mesma.
Esse dia em São Luís foi marcado por um momento histórico e deu um passo importante  na retomada de uma grande mobilização popular pelo #FORASARNEY, como também pela cassação de Roseana Sarney (atual governadora do estado). No ato que percorreu todo o centro da cidade e terminou na subida à Praça Pedro II onde se localiza a sede dos dois governos expressou a necessidade dos trabalhadores maranhenses assumirem o poder e de forma bem clara um programa. Há muito tempo as Centrais Sindicais e outros movimentos populares não faziam um ato unificado com suas bandeiras nas ruas e uma pauta unificada desde a nível nacional, mas também expressando a luta contra o fim da oligarquia Sarney no Maranhão.
O desejo de ocupar a Praça em frente aos palácios era o sentimento que estava presente na maioria das falas e expressou o a indignação com a pobreza e miséria que paira sobre o nosso estado. Um estado muito rico onde apenas uma família controla essa riqueza e se mantêm no poder há décadas em troca de educação, saúde, moradia, direito à terra, reforma agrária e saneamento básico precário. O povo do Maranhão vive na miséria e a mais antiga oligarquia tem suas ilhas, mansões e grandes patrimônios. É necessário que se mantenham as mobilizações e ocupações e culminar em uma grande mobilização popular que tome o poder e exproprie toda a riqueza da família Sarney, sendo investida em saúde, educação e também nas demandas sociais.
O quadro de mobilização permanente hoje em São Luís proporciona uma abertura maior por parte dos trabalhadores a questionar o governo estadual e municipal. As pautas a nível municipal se chocam diretamente com as condições precárias do transporte público em São Luís. As reivindicações em todo o estado são por melhorias, mas têm como tema central a derrubada da oligarquia.
Os movimentos populares e da luta contra as opressões organzaram nesse final de semana atividades na periferia, com o lançamento de uma campanha por mais creches; as mulheres saíram para lutar contra o machismo na II Marcha das Vadias, trabalhadores da CAEMA (na recente greve), trabalhadores da saúde do município e rodoviários em constantes mobilizações por melhores condições de trabalho e a pauta do transporte e mobilidade urbana estão presentes nas lutas da juventude. São atividades que sempre tomam às ruas do centro da capital.
Essas lutas são importantes para o momento que vivemos e que precisa ser analisado. Hoje existe a possibilidade concreta de avançarmos na derrubada da oligarquia Sarney, bem como construir um programa classista e socialista para a população do Maranhão.
Dia 30 de agosto será mais um dia de greves e paralisações nacionais que levará as fábricas, ao campo e às cidades a exigência ao Governo Dilma (PT/PMDB) que tenha outra política econômica para os trabalhadores e jovens do Brasil. Somente com muito trabalho de base e construção de plenárias abertas e ampliadas das categorias vamos construir um grande dia 30! Aqui no Maranhão teremos um ato antes, no dia 6 de agosto que expressará a luta contra o PL 4330, no Dia Nacional de Luta Contra as Terceirizações, por melhores condições de trabalho e pela garantia dos direitos dos trabalhadores. Vamos está construindo esta importante atividade onde atuamos e desde já convocamos toda a militância e os ativistas que estão conosco nas lutas a somarem forças.

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