O militante do PSTU é muitas vezes admirado por suas intervenções nas lutas dos trabalhadores e estudantes. Nós lutamos para sermos os melhores ativistas das mobilizações, porque este é o nosso terreno predileto: as ações diretas das massas.
Para possibilitar este tipo de intervenção, os militantes se reúnem semanalmente nos núcleos do partido. Estes núcleos são oS organismos de base do PSTU. Cada um deles está organizado ao redor de uma frente de intervenção: um núcleo de companheiros de uma fábrica, ou de uma região operária, outro de estudantes de uma escola ou universidade, outro ainda de professores de uma região.
Nestas reuniões, os militantes discutem a situação política nacional ou outro tema definido no núcleo, e a política concreta para cada setor dos trabalhadores ou estudantes.
A sociedade capitalista aliena as pessoas, que não desenvolvem o potencial que tem. Muitos companheiros que não se arriscavam a falar em público, com a militância no partido e no movimento de massas, se tranformam em bons oradores. Outros vão se especializar em organizar as atividades ou na propaganda fazendo palestras e cursos. Com a militância, os companheiros podem desenvolver qualidades que não poderiam fazê-lo em outras circunstâncias, se transformando em bons agitadores, propagandistas ou organizadores.
O nosso partido funciona em base ao princípio do centralismo democrático. A centralização da ação do partido é necessária porque nós nos enfrentamos com a burguesia que se centraliza através do estado. Não existe nenhuma maneira de lutar pelo poder sem uma estrutura centralizada, que enfrente o estado burguês. Não existiu nenhuma revolução vitoriosa sem uma organização centralizada a sua frente.
O centralismo democrático significa que, no partido deve haver ampla liberdade de discussão interna, e depois, que a ação de todos seja centralizada. Isso implica a possibilidade e necessidade de que o partido viva um amplo debate entre posições diferentes. As grandes definições políticas do partido são decididas em nossos congressos, que se realizam a cada 2-3 anos. Os documentos são discutidos por todos os militantes, que elegem delegados para o Congresso, que finalmente votarão os documentos. A partir daí todos os militantes implementam as posições definidas pelo congresso. Nos períodos prévios aos congressos, existe a possibilidade que estas diferenças se expressem inclusive na organização de tendências e frações. Mas uma vez decidida a política em Congresso, as tendencias e frações se dissolvem, sendo obrigação de todos aplicarem a mesma política, definida pela maioria.
Entre os congressos, o partido tem uma estrutura centralizada por seus organismos de direção, sendo o Comitê Central a máxima direção da organização, eleito no Congresso Nacional. As regionais discutem e decidem como implementar e adequar a política nas cidades e elegem suas direções regionais. As células discutem e decidem como intervir nas suas frentes e elegem suas próprias direções.
O partido tem o objetivo de chegar um dia a luta pelo poder , e para isso é necessário crescer, ganhando outros militantes. Por este motivo é necessário que nossas idéias sejam conhecidas por outros ativistas. O nosso jornal é o principal instrumento de divulgação de nossas idéias. Por este motivo todos os militantes do PSTU devem trabalhar com o nosso jornal divulgando-o para outros companheiros.
O partido é sustentado pelos próprios militantes. Não recebemos e não queremos receber dinheiro da burguesia ou de corrupção. É o próprio movimento operário e estudantil que deve sustentar o partido. Isto se faz principalmente através das cotas mensais de cada militante. Todos os militantes cotizam regularmente para o partido , dentro das possibilidades reais de cada um. Anualmente fazemos também campanhas financeiras em que pedimos a colaboração dos ativistas de fora do partido.
O militante do PSTU tem deveres e também direitos completamente diferentes dos filiados ao PSTU. Embora em nosso partido, os filiados sejam muito importantes, são os militantes que decidem as políticas do PSTU.
A relação do filiado com o partido é extremamente flexível. Um filiado recebe o nosso jornal pelo correio, é convidado para as grandes atividades de propaganda (palestras, cursos), assim como é também convidado a se integrar na medida de suas possibilidades em nossas campanhas políticas , como agora com a campanha eleitoral. Caso queira pode participar ou não destas reuniões e atividades, mas não tem nenhuma obrigação de fazê-lo, assim como não está submetido ao centralismo democrático. Caso queira, pode avançar na relação com o patido se tornando um militante. Ou pode permanecer como um filiado, com o grau de integração que achar melhor.
O militante é aquele que participa das reuniões, intervém no movimento de massas com a política do partido, cotiza regularmente e vende os nossos jornais. Funcionam em base ao centralismo democrático Os militantes têm uma dedicação ao partido muito superior a dos filiados, que recebem os jornais e cotizam, mas não participam regularmente das reuniões.
Por este motivo, os militantes são os que votam na política a ser decidida nos congressos partidários. Os que votam nas células qual será a política do PSTU nas frentes de militância. Nisto também existe uma diferença de qualidade entre o PSTU e o PT. No início as convenções petistas eram definidas pela militância que estava nos núcleos. Hoje são os filiados (mobilizados da mesma maneira que os partidos burgueses com kombis e dinheiro) que definem as decisões dos Congressos. Aqui também um programa distinto se apóia em uma forma de organização adequada.
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