Quem me conhece sabe das inúmeras declarações de amor que já fiz ao Quilombo Urbano especialmente em minhas canções. O Q.U. é pra mim tudo aquilo que P.R.C. também expressa na belíssima canção “Família”. Mas, meus amores e paixões, além de minha esposa, filhos e parentes, não param por ai.
Hoje me orgulho de estar igualmente militando no PSTU do Maranhão, isso não só pelo fato de ser candidato a vice-governador, pois num partido revolucionário ser candidato não é sinônimo de status, é de desafio, mas por saber que estou num partido que honra a minha trajetória de vida e de militância política tanto quanto o Quilombo Urbano honrou ao longo de mais de 20 anos. Como diz meu irmão camarada Marcos Silva “O PSTU não é só um partido da ficha limpa, mas da bandeira também” e é verdade, Marcos.
Numa sociedade onde prevalece o individualismo, como principio supremo do capital, nossos militantes não falam e não aparecem como seres atomizados, não prometem como fazem os “salvadores da pátria”, não dizem “no meu governo eu vou fazer isso e aquilo”. Nossos militantes defendem um programa construído pela experiência e necessidades concretas de nossa classe, um programa que só poderá objetivar-se se a classe trabalhadora tomar de fato como SEU. É isso que me apaixona no PSTU. Meu partido não está acima da classe, assim como nenhum de nossos militantes flutuam acima do partido.
Para nós a palavra "Partido" significa tomar posição pela classe trabalhadora contra a burguesia, significa estar na luta com os negros, com as mulheres e demais setores oprimidos e explorados da sociedade. Partido para nós é coletividade; é o intelectual coletivo de nossa classe. Para os outros, Partido é mesmo sinônimo de colcha de retalho onde prevalece o nome dos candidatos, onde os mais ricos aparecem acima do coletivo, onde o parlamentar não milita, manda, não convence, impõe. No meu partido o “centralismo democrático” é expressão da equidade na coletividade. No olhar camaleônico dos outros Partidos, “povo”, em época de eleição, se transmuta em “eleitores”, para nós o “povo pobre” continua sendo classe trabalhadora.
Os outros partidos disputam votos, ou melhor, compram votos, nós disputamos a consciência de nossa classe. Meus irmãos militantes não sentem vergonha de dizer que são socialistas, não rebaixam o programa e o discurso para ganhar votos. Meu partido é eco-socialista, mas não se alia nem com “Verdes”, nem com “Tucanos” e nem com aquela estrela que capital ofuscou. Meu partido também não aceita dinheiro de empresários, meu partido não é mercadoria.
Tenho orgulho de ser de um partido de muitos intelectuais que humildemente e apaixonadamente defenderam como candidato a presidente da república um operário que nunca frequentou as salas das universidades; em meu partido os “Zés” são respeitados e valorizados. Mas, Zé Maria de Almeida não é um operário qualquer, ele é um daqueles que militou e foi preso juntamente com o ex-operário Lula, que com ele ajudou a fundar o PT e a CUT, mas que diferente de Lula e de muitos outros preferiu abrir mão do PT e da CUT a abrir mão da defesa dos interesses da classe trabalhadora. Meu partido no Maranhão também tem um candidato a governador que é “peão”, que pra burguesia é “osso duro de roer”, o camarada Marcos Silva, assim como muitos de nós espalhados pelo Brasil afora. Minha vice-presidente é negra, é nordestina, é maranhense e, acima de tudo, é de luta.
Meu partido é assim, com defeitos, é claro, mas com militantes orgulhosos e apaixonados, um partido que honra a bandeira que empunha por que empunha uma bandeira que tem honrado a trajetória da classe trabalhadora na luta pela construção do socialismo nesse país. Meu partido, repito, é o PSTU.
Hertz Dias- Militante do Quilombo Urbano e candidato a vice-governador do Maranhão pelo PSTU.
Massa, bicho. Reconheci meu partido neste texto. Abraço.
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