Na última terça-feira (18 de junho), milhares de trabalhadores rurais de diversas partes do Estado e comunidades urbanas ameaçadas de despejo realizaram manifestação bloqueando a BR-135, via de acesso à capital São Luís. A manifestação foi ao INCRA exigir reforma agrária, fim dos despejos forçados e denunciar a violência no campo e na cidade. Segue abaixo a posição do PSTU sobre a questão do campo e a alta do preço dos alimentos. É imprescindível que estes setores entrem em cena e se unifiquem à juventude em luta neste momento.
Quem vai às feiras e supermercados percebeu a alta dos
preços dos alimentos. É a inflação tomando boa parte da renda das famílias e
obrigando-as a mudar seus hábitos alimentares. No Maranhão, onde grande parte
da população já faz sacrifícios para sobreviver, a alta dos alimentos atingiu
alimentos típicos como o arroz e a farinha d'água.
De acordo com estudos da FGV,
o arroz teve uma alta de 4,02% em junho e hoje é difícil encontrar farinha
d'água nas feiras e mercados da capital a menos de R$12. Uma questão importante
é que o Maranhão deixou de ser um grande produtor destas mercadorias para
importar arroz do Suriname e mandioca do Pará.
Para o PSTU, a alta no preço
dos alimentos é fruto da política do Governo Dilma para o campo que beneficia o
agronegócio e do desmonte dos órgãos de pesquisa agrícola do Estado nos
governos da Oligarquia Sarney. Empresas estatais responsáveis pela pesquisa e
assistência técnica rural como a EMAPA e a EMATER foram destruídas, assim como
outras empresas como a COPEMA, a CEMAR e o Banco do Estado.
A aliança da Oligarquia
Sarney com os grandes latifundiários e o agronegócio vem atacando e
assassinando quilombolas, ribeirinhos, indígenas e trabalhadores rurais que
lutam pelas suas terras, determinando o fim da agricultura familiar no Maranhão
e condenando à fome todos os dias milhares de maranhenses, enquanto garante
enormes lucros aos fazendeiros de soja. Se de fato queremos derrotar a Oligarquia
e suas práticas perversas não é possível nenhum acordo com o agronegócio, o
maior responsável pela violência e miséria no campo.
Fora Oligarquia Sarney!
Contra a violência
cometida pelo agronegócio no campo!
Reativação das empresas de
pesquisa e assistência rural!
Unir trabalhadores do campo e cidade mais a juventude em uma só luta!
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