segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Vamos falar de um programa viável para derrotar o bolsonarismo?


 "Quem elogia a si próprio não merece crédito"
Provérbio chinês

Em entrevista recente dada a um jornal impresso, o candidato Bira do Pindaré (PSB) foi perguntado sobre o que o diferenciava dos demais candidatos de esquerda que disputam a Prefeitura de São Luís.

Bira respondeu que é a presença constante nas lutas dos movimentos e das comunidades e disse que não era aquele militante de esquerda de ficar apenas com a cara nos livros.

A resposta de Bira,  embora sirva para vários candidatos, além de demonstrar arrogância e desprezo com o estudo e a formação política militante, desmerece o histórico de luta do candidato Hertz Dias do PSTU, militante do movimento negro, do hip hop e de professores.

Hertz Dias é um dos fundadores do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano que há mais de 20 anos organiza a Marcha da Periferia, evento hoje que ocorre em várias partes do país.

Os militantes do PSTU, juntos com Hertz estão nas lutas dos bancários, dos trabalhadores do Judiciário, na universidade, contra os grandes projetos que agridem o meio ambiente na Zona Rural e na luta das comunidades contra os grileiros, como dos Tremembés de Engenho em São José de Ribamar.

Bira conhece o PSTU e sabe das nossas lutas e de nossa bandeira limpa. Então qual o motivo do candidato Bira contribuir para invisibilizar um candidatura negra que está denunciando, nos debates em que é convidado, as mazelas desta sociedade e propondo um programa emergencial para enfrentar a crise pandemica?

Bira e seus apoiadores dizem fazer a verdadeira e a mais viável luta contra o bolsonarismo em São Luís. Mas que luta é essa que não passa dos limites da capital? Em São José de Ribamar, o PSB de Bira faz campanha para um candidato dos Republicanos, partido dos filhos de Bolsonaro.

E por que em Timon, onde Bira obteve uma das maiores votações nas últimas eleições para deputado federal com apoio da família Leitoa, o PSB está  na mesma coligação do PSL?

Vale lembrar ainda o voto favorável de Bira no projeto de lei que perdoa as dívidas milionárias das igrejas evangélicas proposto pelo filho do pastor RR Soares.   

Por fim, caso não vá para o segundo turno, Bira apoiaria um dos candidatos que possuem partidos da base bolsonarista contra Eduardo Braide se o Governador Flávio Dino pedisse?

São perguntas honestas de quem faz militância e que também aprendeu que o estudo da teoria é fundamental para compreender o sentido da política.

Para nós do PSTU, derrotar o bolsonarismo nestas eleições é organizar a classe trabalhadora para os enfrentamentos que os governos de todos os níveis estão preparando após as eleições.

Queremos eleger o primeiro negro a prefeitura de São Luís para governar junto com os trabalhadores organizados nos Conselhos Populares e implementar um Programa Emergencial voltado para atender os interesses dos trabalhadores, dos setores oprimidos e não dos ricos.

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