quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nota do PSTU de apoio à Ocupação da Câmara de Vereadores de São Luís



Ocupar e Resistir!

A Câmara de Vereadores de São Luís encontra-se ocupada desde a manhã de ontem (23/07) e está chamando a população de São Luís a uma reflexão necessária: a casa do povo e precisa ser ocupada pelo povo.
Uma ocupação iniciada pelos moradores da Vila Apaco e mais algumas dezenas de ativistas, estudantes mostra hoje o questionamento que tem sido feito de norte a sul do país ao sistema político que favorece somente aos empresários, patrões, latifundiários e uma lista a perder de vista. O descaso com o direito à moradia da Comunidade refletiu na impaciência de ter que esperar por seu direito e ele nunca ser atendido. Quando morar é realmente um privilégio de poucos, ocupar a Câmara de São Luís é mais que direito para a garantia do mínimo como por exemplo, um espaço para fazer suas necessidades fisiológicas limpo, já que os banheiros químicos colocados lá desde fevereiro estão cheios de fezes e sem limpeza desde o início do ano. A comunidade precisa acreditar na sua mobilização permanente e fortalecer a ocupação da Câmara.

A luta só cresce!

Hoje a pauta de reivindicações só aumenta e a entra em cena a luta por transporte público de qualidade, aumento da frota de ônibus, abertura das planilhas das empresas de transporte e o passe-livre para estudantes e trabalhadores desempregados. Mais movimentos estão se direcionando para a ocupação e fortalecer esse momento de resistência e importância política que os movimentos sociais e os jovens assumiram. É preciso que todos os movimentos sociais do campo e da periferia se desloquem até a Câmara e incluam suas pautas já nas reivindicações. É importante que a Assembleia Popular do Maranhão coloque toda sua disposição organizativa e de luta a serviço desse momento de construção da população que reivindica direitos negados há anos.
A Prefeitura de Edivaldo Holanda Júnior (PTC/PCdoB/PSB) precisa ter mais compromisso com a cidade e providenciar o atendimento das pautas exigidas pelos manifestantes. Não dá pra prefeitura de São Luís se manter em silêncio e não abrir o diálogo com os manifestantes, ou mesmo ter a postura que os vereadores tiveram desde à tarde de ontem em gritar com os manifestantes. Desde já nós do PSTU apoiamos a ocupação e repudiamos a atitude dos vereadores com os manifestantes. 

Todxs ao Parlamento Popular desta quarta-feira!

Os manifestantes estão chamando um Parlamento Popular para às 14h para que se possa debater novos rumos da política na Cidade de São Luís. É preciso que a população saia de casa, os movimentos sociais, associações de bairros e os jovens estejam presentes hoje às 14h na Câmara de Vereadores para a realização do Parlamento Popular.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornadas de junho/julho fortalecem lutas no Maranhão




Por Nelson Júnior
da Juventude do PSTU

Nos últimos meses as grandes mobilizações que levaram milhares de jovens às ruas de todo o país sacudiram os governos de direita e do PT e impuseram novos ritmos à política. Nas últimas semanas os trabalhadores entraram com grande peso no processo e o último dia 11 de julho nos trouxe importantes vitórias. Em São Luís, essas vitórias se concretizam em mais mobilizações e organização da classe trabalhadora e da juventude.

Junho foi somente o começo!

Junho foi um importante mês de mobilizações de norte a sul do país que impuseram outra dinâmica à política do país e fizeram os governos federal, estaduais e municipais sentar com os movimentos e manifestantes para o atendimento das diversas pautas de reivindicações que tomaram às ruas. Desde o passe-livre em cidades brasileiras a mais verbas para saúde e para educação foram conquistas que vieram das ruas.
As mobilizações em maior ou menor grau expressavam um desacordo com o sistema econômico, político e com as instituições que mantêm a riqueza de uma pequena parcela da população, enquanto a grande maioria segue vitimizada e utilizando serviços precários.
Insatisfeitos com essa situação a indignação foi expressa nas ruas em protestos, ocupações de órgãos públicos como em Belém, BH e Porto Alegre, rodovias foram fechadas e fábricas foram paradas. Toda a explosão inicial da juventude se somou à luta e experiência da classe trabalhadora que juntas estão se mobilizando e exigindo outra política econômica.
As lutas no Maranhão se chocam contra os governos municipais, em especial contra à Prefeitura de São Luís de Edivaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB) e contra o Governo do Maranhão (PMDB/PT) que reflete os anos de oligarquia da família Sarney no estado. As manifestações tomaram conta do Centro da Cidade e tinham sempre como ponto final dos protestos os dois Palácios do Governo (estadual e municipal) e expressaram a indignação com o transporte e mobilidade, mas estampavam a luta por melhores condições na educação pública do estado, na saúde, no direito à terra e também à moradia, além da luta contra o extermínio da juventude negra das periferias. Mesmo com manifestações menores, semana após semana as categorias de trabalhadores e os movimentos se movem e marcam atos na cidade que buscam sempre demonstrar o total descompromisso desses governos e das instituições que garantem a manutenção da burguesia no poder.

Vitorioso 11 de Julho aponta Jornada de lutas em Agosto!

Existe uma situação antes e depois do dia 11 de Julho em todo o país. O forte dia de paralisação nacional que tomou de conta das fábricas, rodovias, universidades e escolas, ruas e praças de todo o Brasil nos trouxe lições que devem se acumular em mais mobilizações e a situação de antes não voltará a ser a mesma.
Esse dia em São Luís foi marcado por um momento histórico e deu um passo importante  na retomada de uma grande mobilização popular pelo #FORASARNEY, como também pela cassação de Roseana Sarney (atual governadora do estado). No ato que percorreu todo o centro da cidade e terminou na subida à Praça Pedro II onde se localiza a sede dos dois governos expressou a necessidade dos trabalhadores maranhenses assumirem o poder e de forma bem clara um programa. Há muito tempo as Centrais Sindicais e outros movimentos populares não faziam um ato unificado com suas bandeiras nas ruas e uma pauta unificada desde a nível nacional, mas também expressando a luta contra o fim da oligarquia Sarney no Maranhão.
O desejo de ocupar a Praça em frente aos palácios era o sentimento que estava presente na maioria das falas e expressou o a indignação com a pobreza e miséria que paira sobre o nosso estado. Um estado muito rico onde apenas uma família controla essa riqueza e se mantêm no poder há décadas em troca de educação, saúde, moradia, direito à terra, reforma agrária e saneamento básico precário. O povo do Maranhão vive na miséria e a mais antiga oligarquia tem suas ilhas, mansões e grandes patrimônios. É necessário que se mantenham as mobilizações e ocupações e culminar em uma grande mobilização popular que tome o poder e exproprie toda a riqueza da família Sarney, sendo investida em saúde, educação e também nas demandas sociais.
O quadro de mobilização permanente hoje em São Luís proporciona uma abertura maior por parte dos trabalhadores a questionar o governo estadual e municipal. As pautas a nível municipal se chocam diretamente com as condições precárias do transporte público em São Luís. As reivindicações em todo o estado são por melhorias, mas têm como tema central a derrubada da oligarquia.
Os movimentos populares e da luta contra as opressões organzaram nesse final de semana atividades na periferia, com o lançamento de uma campanha por mais creches; as mulheres saíram para lutar contra o machismo na II Marcha das Vadias, trabalhadores da CAEMA (na recente greve), trabalhadores da saúde do município e rodoviários em constantes mobilizações por melhores condições de trabalho e a pauta do transporte e mobilidade urbana estão presentes nas lutas da juventude. São atividades que sempre tomam às ruas do centro da capital.
Essas lutas são importantes para o momento que vivemos e que precisa ser analisado. Hoje existe a possibilidade concreta de avançarmos na derrubada da oligarquia Sarney, bem como construir um programa classista e socialista para a população do Maranhão.
Dia 30 de agosto será mais um dia de greves e paralisações nacionais que levará as fábricas, ao campo e às cidades a exigência ao Governo Dilma (PT/PMDB) que tenha outra política econômica para os trabalhadores e jovens do Brasil. Somente com muito trabalho de base e construção de plenárias abertas e ampliadas das categorias vamos construir um grande dia 30! Aqui no Maranhão teremos um ato antes, no dia 6 de agosto que expressará a luta contra o PL 4330, no Dia Nacional de Luta Contra as Terceirizações, por melhores condições de trabalho e pela garantia dos direitos dos trabalhadores. Vamos está construindo esta importante atividade onde atuamos e desde já convocamos toda a militância e os ativistas que estão conosco nas lutas a somarem forças.