terça-feira, 21 de junho de 2022

NAS ELEIÇÕES 2022: EXISTE ALTERNATIVA PARA A CLASSE TRABALHADORA


Quem esteve no Sindicato dos Bancários, no último dia 17, vivenciou um singular momento de demonstração da força orgânica dos trabalhadores. Em plena noite de sexta-feira, com uma São Luís do Maranhão mergulhada em arraiais e manifestações culturais, vigilantes (em expressivo número no auditório do Sindbancários), trabalhadores rurais (como dona Máxima Pires, petista, da Reserva Extrativista do Taim, para quem as pré-candidaturas do Pstu/Polo Socialista Revolucionário são as melhores alternativas para a classe trabalhadora) , líderes comunitários (a exemplo de Seu Davi, da comunidade do Cajueiro, que reconheceu a presença do Pstu nas lutas traçadas contra o poder público, que desapropriou várias famílias do Cajueiro) , quilombolas,  indígenas (como Raquel Tremembé, da CSP-Conlutas, que lembrou os 522 anos de genocídio dos povos originários, situação agudizada no governo Bolsonaro) , professores da educação básica (como a artesã, escritora e professora da rede pública municipal de São Luís, Luanda Martins) , professores e alunos universitários (como Rosenverck Estrela, professor do departamento de Estudos Africanos e Afro-brasileiros da UFMA) ocuparam todo o auditório do Sindbancários, para participar - mais que de um lançamento de pré-candidaturas para o pleito de 2022 - de um chamado para a luta necessária contra os algozes da classe trabalhadora.
 
Com a presença de Vera Lúcia, negra, nordestina e operária, pré-candidata à Presidência da República, houve o lançamento das pré-candidaturas socialistas do Maranhão pelo Pstu e pelo Polo Socialista Revolucionário. A atividade iniciou com a apresentação de dois vídeos: uma emocionante homenagem do Pstu ao indigenista Bruno Pereira e ao repórter Dom Phillips, assassinados no início de junho, sob a inércia conivente do Governo Federal frente aos ataques à floresta amazônica e aos povos originários; o segundo vídeo foi o clipe do Gíria Vermelha, "Serial Killer", uma contundente crítica do grupo de Rap, liderado por Hertz Dias, ao genocídio perpetrado no período mais agudo da pandemia da covid-19, em 2021.
 
Coordenando a mesa estavam a professora da UFMA, Cláudia Durans (pelo PSTU), e o professor do IFMA, Andrey Rafael (da Esquerda marxista do Psol, pelo Polo Socialista Revolucionário), os quais apresentaram e chamaram os pré-candidatos à Presidência da República, Vera Lúcia; ao governo do Estado, Hertz Dias; ao Senado, Saulo Arcangeli; à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados: Preta Lu (artesã, integrante do Quilombo Urbano e rapper), Daniel Pavão (do Sindicato dos vigilantes); Walter Maia (professor da rede estadual de ensino de Chapadinha),  Jean Magno (professor do IFMA - São Luís), Nicinha Durans (poetisa e integrante do Quilombo Urbano), Luzivanda Damasceno (agente operacional, do município de Icatu), Antônio Moquibom (do movimento quilombola), entre outros camaradas.
 

Com falas arrojadas, instigantes e, principalmente, bastante interconectadas, no que diz respeito a 1) a urgência da instauração de uma ordem Socialista para o combate ao flagelo capitalista, que assola a sociedade brasileira e o mundo, e 2) a impossibilidade de a política de conciliação de classes e o reformismo darem respostas satisfatórias aos milhões de brasileiros que passam fome, aos milhares de negros, indígenas e lgbts que são assassinados nas periferias das cidades, nas favelas, em condições de vida subumanas, as e os pré-candidatos do Pstu e do Polo Socialista Revolucionário ao pleito de 2022 provaram que há uma alternativa de esquerda, verdadeiramente de esquerda, para a construção da emancipação do trabalhador do jugo do capital.

 

sexta-feira, 4 de março de 2022

PSTU define nomes de Hertz Dias e Saulo Arcangeli como pré-candidatos para disputar governo e senado no Maranhão.

Em plenária realizada no último dia 17, o PSTU confirmou as pré-candidaturas majoritárias para eleições de 2022.  

Apesar da falsa democracia no processo eleitoral, que retirou o pouquíssimo tempo de rádio e televisão do partido, a agremiação partidária apresentará nomes para os cargos majoritários de Governo, Senado e para os cargos proporcionais de deputados federais e estaduais na eleição deste ano.

As candidaturas do PSTU denunciarão a impossibilidade de reformar o sistema capitalista de maneira a atender aos interesses da classe trabalhadora, pois isso só ocorrerá quando se alcançar uma nova sociedade igualitária e socialista.

“O que sempre presenciamos, ao longo da história, foram governantes que, apesar de dizerem que governarão para o povo, sempre acabam atacando nossa classe para atender aos interesses capitalistas, ocasionando situações como vimos nesse período de pandemia, quando os ricos ficaram mais ricos e pobres ficaram mais pobres”, considera a resolução política aprovada na plenária.

“Nosso estado já possui nome entre os bilionários do país, segundo a Revista Forbes. Enquanto isso, nosso povo ainda amarga o pior índice de desenvolvimento humano do Brasil. O choque de capitalismo que Flávio Dino prometeu e cumpriu está eletrocutando o nosso povo no campo e na cidade.

Diante desse quadro, em nosso estado, os nomes já definidos como pré-candidatos são os de Hertz Dias, para Governo, e Saulo Arcangeli, para o Senado Federal. As candidaturas para os demais cargos passam por diálogo com a militância interna e com ativistas de outras organizações e movimentos, já que o partido tem a definição da possibilidade de cessão de legenda e composição de candidaturas coletivas com lutadores e lutadoras do campo e da cidade”, aponta a resolução.


Quem são os pré-candidatos do PSTU ao governo e senado?

 

Hertz da Conceição Dias,pré-candidato ao governo do Maranhão, é natural de São José de Ribamar, tem 49 anos, é professor de História da educação básica das redes públicas municipal e estadual. É cofundador do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano - que existe desde 1989, e é umas mais antigas organizações de Hip Hop do Brasil - e do Movimento Hip Hop Quilombo Brasil.

“Foi esse movimento que me fez voltar a estudar aos 23 anos, e, aos 27, logo depois de concluir o antigo segundo grau, fui aprovado no vestibular de História da UFMA”, conta o professor Hertz, que é militante do PSTU desde 2010.

Em 2018, Hertz foi candidato a vice-presidente na chapa com Vera Lúcia, “a primeira chapa 100% negra e nordestina da história do país numa disputa presidencial”, conta.

Em 2020, concorreu na disputa da prefeitura de São Luís, a capital brasileira que possui, segundo o IBGE, cerca de 750 mil pessoas negras e pardas.

“Nosso programa para o Estado do Maranhão tem como objetivo mostrar que a única saída para o nosso Estado e para o Brasil só será possível através de um governo com total independência de classe e fortemente apoiado nos Conselhos Populares, pois assim será possível implementar as medidas necessárias para resolver os problemas básicos dos trabalhadores do campo e da cidade, assim como da juventude e dos setores oprimidos ( negros, indígenas, mulheres e LGBTIs)", conclui Hertz

.

Saulo Arcangeli é o pré-candidato ao Senado pelo Maranhão. Tem 50 anos, nascido em São Luís, é professor da UEMA, do Departamento de Matemática e Informática, e servidor do Ministério Público do Trabalho.

Atualmente, é dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU no Maranhão (Sintrajufe/MA) e da Central Sindical e Popular- CSP CONLUTAS.

É militante do PSTU desde 2011 e já foi candidato pelo partido em outras eleições ao governo do Estado, Senado e Câmara Municipal.

“Um mandato de Senador do PSTU tem como objetivos contribuir na ampliação de direitos da classe trabalhadora, no fortalecimento dos serviços públicos, no combate à exploração do povo, à violência e miséria que vive nosso estado e país. Tem o intuito de fiscalizar a aplicação de recursos públicos pelo Executivo, propor incremento de investimentos em áreas sociais e ser um espaço de denúncia e de luta pela melhoria de vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Será um ponto de apoio para promover, impulsionar, divulgar e organizar as lutas diretas dos trabalhadores, que terão um papel fundamental de opinar e participar do mandato, da maneira mais próxima e cotidiana possível, pois nunca estaremos acima do coletivo”, destaca Saulo

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Braide Mentiu. É preciso reverter o aumento das tarifas em São Luís!

 

Em pleno carnaval, o prefeito Eduardo Braide, do Podemos, resolveu passar por cima da própria palavra e aumentou as tarifas dos transportes públicos de São Luís.

Primeiro incorporou o personagem de Papai Noel dos ricos e, em pleno fim de ano, transferiu 12 milhões de reais para o SET sob alegação de que tal verba seria para evitar greves e aumentos de passagens. Mas conforme nosso ex candidato a prefeitura de São Luís, Hertz Dias, declarou, em entrevista concedida a um programa da Band em outubro do ano passado, tudo estava se encaminhando para que eles aumentassem as tarifas justamente no domingo de Carnaval, tal como João Castelo e Edvaldo Holanda já haviam feito, com total conivência da câmara de vereadores. Dito e feito!


É PRECISO ESTATIZAR OS TRANSPORTES COLETIVOS DE SÃO LUÍS

Atribuindo um valor mínimo de 5 reais gastos por cada um dos 700 mil passageiros que se locomovem por dia na grande São Luís, chegamos a um valor de aproximadamente 3,5 milhões de reais arrecadados por esses empresários todo santo dia. Por mês esse valor chega a quase 100 milhões de reais, ou seja, é mais de 1 bilhão por ano. Lembrando que o valor de referência diária de 5 reais leva em consideração meia passagem e passe livre, mas certamente o gasto médio diário é muito superior a isso.

Acrescente-se a isso o valor do subsídio que a prefeitura transfere anualmente para esses parasitas, que era de 20 milhões em 2020 e passou a 23 milhões em 2021. Somado esse valor aos 12 milhões que Braide resolveu repassar a essa gente, temos aí 35 milhões de subsídio. Um acréscimo de 15 milhões de um ano para o outro, enquanto milhões de ludovicenses estão tendo seus salários reduzidos ou amargando o desemprego e a fome.

Se não bastasse tudo, Braide ainda encheu o peito de orgulho para afirmar na imprensa que entregou 70 ônibus novos para os empresários em 2021.

Deduze-se daí que quem tá bancando a renovação da frota e pagando os salários dos Rodoviários é justamente a prefeitura, enquanto os empresários lucram bilhões, demitem cobradoras e ainda aumentam o valor das passagens. É muita baba.

Se é pra prefeitura bancar tudo e ficar sem nada, porque então não assumir definitivamente o controle dos transportes Coletivos?

Se já existe a Companhia Municipal de Transportes, porque então não colocá-la em atividade?

Quando nós do PSTU falamos de ESTATIZAÇÃO estamos defendendo isso.

Porém, com um prefeito papai Noel de empresários e uma câmara de vereadores submissa aos mesmos, resta-nos uma saída que a população de São Luís se mobilizar para pressionar tanto o executivo quando o legislativo municipal a acabar com essa farra dos empresários e ESTATIZAR os transportes públicos do município de São Luís, o que garantiria não só a melhoria da qualidade dos serviços, mas também uma redução significativa do valor das passagens rumo a uma tarifa social.


Abaixo o aumento das passagens!

Pela imediata ESTATIZAÇÃO dos transportes coletivos de São Luís!

sábado, 19 de fevereiro de 2022

NOTA PSTU MARANHAÃO: GREVE DOS RODOVIÁRIOS

Toda solidariedade à greve dos rodoviários do Maranhão e repúdio à decisão da Desembargadora do TRT.

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) presta sua solidariedade às trabalhadoras e  aos trabalhadore rodoviários de São Luís e região metropolitana, que estão em greve desde a última quarta-feira (16/02), por reajuste salarial, garantia de recolhimentos do FGTS e demais encargos trabalhistas, pagamento dos seus direitos (vale-alimentação, férias, dentre outros), pela não extinção do cargo de cobrador e por melhoria das condições de trabalho.


O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, (Podemos) é "bonzinho" para os empresários, pois repassa mensalmente milhões de recursos públicos para os donos de empresas, e a população de São Luís permanece com um péssimo sistema de transporte público, com ônibus sucateados, falta de acessibilidade, espera de mais de 2 horas na parada em algumas linhas e constantes assaltos aos coletivos, e os rodoviários ficam com salários atrasados e o não pagamento de seus direitos. 


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) continua sem querer negociar a pauta, oferece apenas 5% de reajuste e quer demitir 100% dos cobradores, passando todos os motoristas a serem os cobradores do ônibus, ocasionando riscos para os mesmos e para os usuários do transporte coletivo. Uma medida extremamente cruel em plena pandemia da COVID, pois coloca no desemprego muitos trabalhadores, em sua maioria mulheres. São verdadeiros sanguessugas e, por isso, defendemos a estatização do sistema de transporte com a reativação da Companhia Municipal de Transportes.
 

A ofensiva contra os trabalhadores, patrocinada pelo SET, ampliou-se nesta sexta-feira (18) com a decisão da Desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, que determinou a manutenção de, ao menos, 80% de toda a frota da grande São Luís, pena de R$ 50 mil por dia ao STTREMA, e prisão de todos os dirigentes sindicais. Uma medida que criminaliza o movimento legítimo dos trabalhadores e atenta contra o direito de greve e contra a organização dos trabalhadores, endossando práticas antissindicais, ignorando, por completo, a duríssima realidade vivida pela categoria, atacada diariamente pelos patrões. 


Reafirmamos nossa solidariedade a essa combativa categoria e repudiamos a atitude da desembargadora do TRT 16ª Região. Estaremos juntos na luta para atender às reivindicações da categoria e para que a população não seja penalizada com o aumento das passagens.

Pela valorização dos Trabalhadores do Transporte Público!
Pela estatização do sistema de transporte!
Por passe livre para estudantes e desempregados!

                                          

                                                               São Luís, 19 de fevereiro de 2022.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

PRÉ- CANDIDATO AO GOVERNO DO MARANHÃO PELO PSOL SILENCIA SOBRE OS ATAQUES DE FLÁVIO DINO(PSB) CONTRA OS TRABALHADORES

Num momento de lutas tão acirradas enfrentadas pela classe trabalhadora do Maranhão - como os ataques aos povos tradicionais e originários pelo agronegócio, madeireiros e pecuaristas, greves dos setores da educação e de transporte coletivo -, o pré-candidato pelo PSOL ao governo do Maranhão, Enilton Rodrigues, teve a oportunidade de ser entrevistado ontem, 16/02, pela manhã, por quase 10 minutos, no quadro Bastidores, do programa Bom Dia Maranhão da TV Mirante, e não teve a coragem de dedicar sequer alguns preciosos segundos para prestar solidariedade a essas lutas e a esses trabalhadores.

Mas se engana quem pensa que isso tenha ocorrido por acaso.  Infelizmente, essa é uma política consciente aplicada por todas as organizações ditas de esquerda que defendem a Frente Ampla, ou seja, a de compor alianças com setores da burguesia e não denunciar governos que são parte dessa frente, como o de Flávio Dino, no Maranhão.

Desse modo, os interesses da classe trabalhadora ficam subordinados aos interesses dessas frentes eleitorais. E, ao fazer isso, o candidato do PSOL acaba, indiretamente, entrincheirando-se com os algozes dos trabalhadores, já que o silêncio também tem lado e é o lado de quem oprime. Nada mais além do que defender a necessidade de eleger mais parlamentares se resumiu a entrevista do pré-candidato do PSOL, já a defesa da classe trabalhadora não passou de um conjunto de abstrações vazias. Um balde de água fria naqueles que estão na luta e depositam alguma expectativa de que seriam pelo menos citados na entrevista. Uma pena!

Nós do PSTU lamentamos profundamente essa postura que as direções majoritárias do PSOL estão adotando nacionalmente e em vários estados do Brasil, movidas pelo vale tudo para eleger LULA em uma aliança com qualquer um e a qualquer custo, com um programa ainda mais à direita. Para isso, vale desde Alckmin como vice de LULA até desmontar as mobilizações em 2021 para derrubar Bolsonaro nas ruas pela força do movimento.

Sendo assim, queremos fazer um chamamento público aos militantes do PSOL e dos demais  partidos e organizações que defendam uma alternativa com independência de classe para o Maranhão e para o Brasil a se incorporar ao Polo Socialista e Revolucionário que estamos construindo também em nosso estado e que já reúne dezenas de organizações e lutadores.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Redução da pobreza no Maranhão

Um estudo recente divulgado pelo IBGE mostrou que a pobreza no Brasil supostamente diminuiu em 2020. O Maranhão estaria entre os estados que tiveram a maior redução dos índices de pobreza do país. Mas, de fato, o que há por trás dos números tão comemorados pelo Governo Flávio Dino (PSB)?

Primeiramente, temos que afirmar que o cenário apontado pelo estudo não é de se comemorar, ao contrário, é extremamente aterrorizante: Cerca de 51 milhões de pessoas, ou 1 em cada 4 pessoas, sobrevive com menos de R$ 450 mensais no Brasil. A desigualdade salarial entre brancos e negros e entre homens e mulheres continua gritante: Um trabalhador branco tem rendimentos 73,3% maiores que trabalhadores negros enquanto os homens recebem em média 28,1% a mais que as mulheres.

O Maranhão continua sendo um dos estados mais pobres da Federação. Apesar da redução em 2020, após 6 anos de Governo Flávio Dino (PSB) o Maranhão era o estado com a maior proporção da sua população (14,4%) em situação de extrema pobreza, isto é, com rendimentos abaixo de 2 dólares por dia.

Uma leitura mais apurada dos dados mostra que os números só não são piores por causa do Auxilio Emergencial, programa social aprovado a contragosto de Bolsonaro/Guedes e fruto da pressão dos movimentos sociais e da eminente explosão social que vivia o país devido à fome e carestia. O Maranhão foi um dos Estados que mais tiveram beneficiários no programa e isso influenciou bastante na redução dos números da pobreza e da extrema pobreza, cenário que não se repetiu em 2021 quando o Auxilio Emergencial foi reduzido, nem se repetirá em 2022 quando o Auxilio deixou de existir.

Nós do PSTU acreditamos que programas sociais compensatórios como o Auxllio Emergencial são necessários, especialmente na crise do capital que o mundo vive hoje. Porém não resolverão os problemas estruturais da miséria, e em nosso caso, servem apenas para ocultar que o governo Flávio Dino mantém o Maranhão como um dos campeões da pobreza e da desigualdade.

Vale destacar que neste quadro herdado de décadas de Oligarquia Sarney no Maranhão, o governo Flávio Dino continua beneficiando os mesmos grupos: latifundiários, o agronegócio e os grandes projetos industriais. Quem não sabe que foi no governo Dino que surgiu o primeiro bilionário maranhense, o empresário Ilson Mateus, dono da rede de supermercados Mateus, que é um dos maiores beneficiários da política de isenções fiscais do governo?

Com ações até na Bolsa de Valores, é difícil imaginar a fortuna do grupo Mateus que hoje possui lojas em vários estados da região Norte e Nordeste. Contudo, dá para imaginar como seria se transformássemos todo este patrimônio obtido através da superexploração de seus trabalhadores em mais investimentos do Estado em saúde, educação, moradia e saneamento básico. Mais do que nunca, a superação da miséria e da pobreza do Maranhão passa por acabar com os privilégios dos super-ricos!

domingo, 16 de janeiro de 2022

Lançamento do Polo Socialista e Revolucionário no Maranhão reúne ativistas da luta do campo e da cidade

 Plenária virtual aconteceu na tarde deste sábado (15 de janeiro) e discutiu a necessidade da construção de uma alternativa socialista.

Ocorreu neste sábado (15) a plenária virtual de lançamento do Polo Socialista e Revolucionário no Maranhão. A fala de abertura foi feita pelo companheiro Zé Maria de Almeida que destacou os elementos da atual conjuntura, a necessidade de derrotar o Governo Bolsonaro e explicou porque a Frente Ampla defendida pelo PT, PCdoB e pela direção majoritária do PSOL não é a alternativa para os trabalhadores e os setores oprimidos.

Para Zé Maria “derrotar Bolsonaro é um passo importante, mas é fundamental derrotar a burguesia e superar o capitalismo, antes que ele destrua a humanidade”. Por isso, a necessidade de fortalecer a organização dos trabalhadores e da construção do socialismo no Brasil, algo que só será possível através da revolução. Esta tarefa, contudo, de nenhum modo nega a importância dos revolucionários participarem também das eleições com um programa Socialista e Revolucionário para disputar a consciência dos trabalhadores.

A plenária superou as expectativas e teve uma representatividade impressionante. Entre os participantes tivemos diversos dirigentes sindicais, a exemplo de Dielson Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão, da professora Nazaré Lima do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias-MA, Clóvis Amorim, da comunidade Cajueiro e Presidente do Sindicato dos Pescadores de São Luís e Ester Durans, vice-presidenta do Sindicato dos Professores do Munícípio de São Luís. O evento contou ainda com a presença de lideranças camponesas, com João da Cruz (Moquibom), Daniel Ribeiro (Fóruns e Redes de Cidadania) e Raquel Tremembé, liderança indígena da etnia Tremembé de Engenho em São José de Ribamar. Estavam presentes, além de militantes do PSTU, ativistas independentes do PSOL e do PT.

A grande preocupação expressa na fala dos presentes, que chegou a 70, estava na necessidade de fortalecer o Polo e avançar na apresentação de uma alternativa que una os revolucionários. Em várias intervenções que é papel deste pólo fazer com que os trabalhadores entendam que só será possível aos trabalhadores resolver seus problemas estruturais através da Revolução Socialista.

Ao final da plenária ficou definida a preparação de uma reunião com as diversas lideranças para organização uma coordenação estadual para colocar em funcionamento o Polo Socialista e Revolucionário que encaminhará as lutas e um programa para o Maranhão e o Brasil.

 

 Fala de Zé Maria na abertura da plenária de lançamento do polo socialista em São Luis neste sábado (15/01/22).


domingo, 9 de janeiro de 2022

PSTU: NOTA DE REPÚDIO À MAIS UM ASSASSINATO NO CAMPO MARANHENSE

 José Francisco, o “Quiqui” é o quinto camponês assassinado em 2 anos na região de Arari/MA.

Na manhã deste sábado (08/01/2022) faleceu o lavrador José Francisco Lopes Rodrigues, o “Quiqui” de 58 anos. Ele estava internado em São Luís desde o dia 3 de janeiro, quando foi atingido por tiros em sua própria casa na comunidade Cedro em Arari. O crime provavelmente é motivado pelos conflitos agrários entre grileiros e lavradores. Na ocasião, a neta de José Francisco de apenas 10 anos também foi atingida e levada ao hospital em Arari, porém não corre risco de morte.

É o quinto assassinato na região em 2 anos envolvendo militantes da organização Fóruns e Redes de Cidadania. Os crimes chocam pela barbaridade e têm levado à mobilizações e à solidariedade de diversas organizações sociais do país e do mundo, porém, os crimes permanecem impunes e a grilagem e o agronegócio seguem avançando e matando.

A impunidade e o aumento dos casos de pistolagem no Maranhão deixam evidente a opção do Governo Flávio Dino (PSB) de priorizar o agronegócio e o latifúndio. Em um evento do setor ocorrido em 2017 na cidade de Balsas, o governador chegou a agradecer os empresários do agronegócio pela contribuição ao desenvolvimento do Estado.

Recentemente, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) apontou que Balsas é a cidade do Brasil que mais desmatou o cerrado em 2021. Este é o resultado da soma da política de beneficiamento do agronegócio empreendida pelo governo Flávio Dino (PSB) com o desmonte dos órgãos de monitoramento, como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), realizado pelo governo Bolsonaro (PL).

O PSTU se solidariza às famílias dos bravos guerreiros lavradores do movimento Fóruns e Redes de Cidadania assassinados pelo latifúndio nas sistemáticas emboscadas e perseguições. Lutaremos para que estes crimes não caiam no esquecimento e que seja feita justiça. É preciso continuar a luta pela realização de uma reforma agrária que assegure terra e condições de produção aos camponeses pobres.

✊🏿 Quiqui, presente!