quarta-feira, 1 de junho de 2011

Patrões demitem rodoviários após greve

O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão denunciou uma onda de demissões de motoristas e cobradores de transportes coletivos após a forte greve da categoria que parou a cidade durante a semana passada.


Os demitidos são principalmente das empresas Taguatur, São Benedito e Maranhense e totalizam mais de 70, alguns com mais de 15 anos de trabalho, numa mostra clara de perseguição aos ativistas da greve.


Segundo o presidente da entidade, as empresas vem usando da coação e do constrangimento contra os funcionários após o retorno da greve e adverte que se persistirem as demissões sem justa causa a greve poderá retornar na segunda-feira (6 de junho).


A categoria paralisou suas atividades na semana passada exigindo aumento de 16% e melhoras no ticket-alimentação e no plano de saúde. Numa demonstração de perversidade, insensibilidade e ganância os empresários do setor negaram as reivindicações e conseguiram na Justiça a ilegalidade e abusividade da greve.


Numa decisão totalmente descabida, a Justiça do Trabalho determinou que 80% da frota saísse das garagens e autorizou as empresas a contratarem novos funcionários para substituir os grevistas. A Polícia foi chamada também para coagir os rodoviários a retornarem ao trabalho e chegaram a usar a força durante manifestação da categoria.


Nós do PSTU, exigimos a readmissão imediata dos trabalhadores, a estabilidade no emprego para todos os funcionários, redução da jornada de trabalho e atendimento das reivindações da categoria.

Não às demissões! Readmissão imediata de todos os rodoviários demitidos

Segue abaixo notícia do Sindicato dos Rodoviários de Macapá (AP) filiados à CSP Conlutas que trata também da perseguição da patronal após a última greve da categoria.

Empresários de ônibus de Macapá (AP) perseguem e atacam dirigentes do sindicato

Os Rodoviários do Macapá (AP) enfrentam os ataques da patronal, após vitoriosa Campanha Salarial realizada no mês de junho. Durante a Campanha, a categoria realizou uma greve de oito dias e conquistou a redução da carga horária de 44h para 42h semanais. Após o término desta paralisação, foram demitidos dois dirigentes sindicais, Albino Melo de Miranda e José Luiz Carvalho, da Empresa de Ônibus Cidade de Macapá. Estes sindicalistas tiveram importante participação durante a greve e, esta medida, foi uma tentativa dos patrões de enfraquecer o movimento.


Diante destes ataques, o Sindicato dos Rodoviários do Amapá juntamente com a Conlutas, está iniciando uma Campanha de Solidariedade contra estas demissões e pela reintegração destes funcionários.


Segundo o membro da Conlutas Amapá Genival Cruz Araujo, esta não foi a primeira vez que funcionários são demitidos injustamente, após paralisação. Os rodoviários do Amapá têm sofrido ataques da patronal desde 2002. No final de 2008, foram demitidos nove diretores sindicais. Neste período, a Conlutas conseguiu a reintegração de cinco destes dirigentes, com envio de moções e apoio judicial. “Vários sindicatos filiados à Conlutas contribuíram financeiramente, enviaram moções e nos ajudaram muito, neste sentido pedimos novamente apoio”, disse Araujo.



Na Campanha Salarial de 2010 a patronal atacou o Sindicato com o não repasse financeiro, com a ameaça de quem se filiasse seria demitido, além deste último ataque com a demissão dos dois dirigentes.


Araujo informa ainda, que as empresas utilizam estas demissões como forma de enfraquecer a diretoria do Sindicato que ao longo dos anos, tem conseguido importantes avanços para os rodoviários, com melhorias nas condições de vida dos trabalhadores.


“Qualquer ataque aos trabalhadores é um ataque ao conjunto da classe trabalhadora, fazemos um chamado a este conjunto para que através da Conlutas se some nesta Campanha de solidariedade”, salientou Araujo.


Nesta sexta-feira (16) o Sindicato dos Rodoviários do Amapá, fará uma reunião para definir os rumos da campanha, como endereço de envio de moções e demais encaminhamentos. Todas as medidas de apoio serão amplamente divulgadas pela rede e pelo site da Conlutas.


Da redação da CSP Conlutas

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